segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Vamos falar de... política

Em primeiro lugar, eu não possuo grande conhecimento sobre política; na verdade, eu não sei nada sobre política. Mas não deve ser tão difícil, não é? Tentarei.

Eu não me interesso muito por política, e vou confessar que eu não procuro saber o que os admiráveis sujeitos andam fazendo pelo nosso país. A única coisa que eu sei é que todos eles têm mais dinheiro do que eu e que trabalham muito menos que meus pais. Dizem alguns que os políticos nos fizeram nos desinteressar a fim de que pudessem roubar mais. Outros dizem que somos uns desinteressados e que na época da ditadura éramos mais participativos. Bom, na ditadura a turma apanhava e o escambau, e por isso o povo buscava se vingar de alguma forma. E se vingavam protestando e sendo participativos - o que por consequencia fazia-os apanhar ainda mais - e por consequencia eles ficavam ainda mais participativos. Viu? Não era lá grandes coisas ser participativo naquela época.

Hoje, sem as porradas, somos uns cagões. E eles são uns ladrões. O que me faz chegar a conclusão de que os políticos só sabem fazer uma coisa por vez. Ou roubam ou batem. Ou que eles eram mais discretos. Ou que não interessava se eles roubavam ou não, uma vez que o povo estava muito mais preocupado em defender seus pobres corpos. Hoje ninguém bate em ninguém, mas a gente continua a bater cabeça por aí. Hoje ninguém faz nada pelo povo, mas faz pela maioria, porque a maioria é que vai colocar o candidato no poder. Para ser mais claro, vamos pensar assim: digamos que eles dêem pão para todo mundo, mas só 54 % do povo quer pão, e não interessa a eles se os outros 46 % estão abarrotados de pão e querem outras coisas, porque tudo o que eles precisam é de 54% dos votos. Eles aproveitam que as pessoas não pensam no bem coletivo e sim no próprio bem, e ao invés de nos fazer ver que temos que pensar no bem coletivo, eles simplesmente deixam como está porque eles também só pensam no bem deles. A política que se faz hoje é a política da solidão (e agora eu sei por que me sinto tão sozinho nas noites frias). Hoje não temos políticos (a palavra é derivada do grego politikós (polis), que significa tudo o que se refere à cidade, portanto, citadino, público, social). Agora temos especialistas. Especialistas em turismo, em saúde, em educação, em finanças, em ecologia... mas não temos alguém que pense no geral, cada um defende sua especialidade e pronto - o que nos leva de volta ao que eu disse sobre eles só fazerem uma coisa por vez.


Neste ano, nestas eleições as coisas continuam estranhas. E mais anda. Tudo o que cada candidato vê são só os adversários. O povo?, o povo é que se dane!, eles querem mesmo é se sentir vitoriosos. Boatos surgem a toda hora, mas como sempre, ninguém prova nada. Estão falando agora que a Dilma era de guerrilha, e eu não sei exatamente o que isso quer dizer. A acusam de assassinato. Talvez seja verdade, talvez não. Mas eu acho que mesmo se ela simplesmente tivesse namorado um guerrilheiro, num ato de revolta, aos 19 anos, e isso tivesse acabado uma semana depois... mesmo assim iam dizer que ela fuzilou milhares de pessoas. E mesmo que ela tivesse feito parte efetivamente de guerrilha, isso significa que ela vai acabar com o Brasil? Ouvi dizer que Lula era um cara bonzinho no PT, e que ele segurou os radicais do partido, e que Dilma não fará isso, e que isso vai foder o Brasil. Mas, o partido tem mesmo a ver com isso? Sei lá. E Lula é tão fodão assim? Eu acho, mas se todo mundo acha, ele devia continuar nessa porra. Honestamente, eu não vou com a cara da Dilma, mas Lula garantiu que a mulher é boa, então eu acredito.

A gente só assiste e não sabe no que acreditar. Ou sabe e realmente escolhe um dos lados. Mas será que você sabe o que está fazendo? Eu não sei, mas faço minha opção cegamente, como o resto do povo. Escolho pelo carisma e pela graça. Então Tiririca na cabeça! Calma aí... Mas, falando nisso, os candidatos sérios e de verdade (aqueles que a gente sempre vê, os mesmos figurões) odeiam quando artistas e afins se candidatam, porque eles ridicularizam a classe política (como se precisasse...). Mas será que um Tiririca da vida, por trás de toda a galhofa, não pode fazer mais do que todos os outros?

Votando no Serra ou na Dilma (os outros, se não mudaram nenhuma regra no contínuo espaço-tempo, não vão ganhar. Nem Marina, apesar de eu achar que ela é uma forte candidata), escutem menos e pensem mais, antes de decidir. Sinceramente, duvido que algum deles possa atolar o Brasil ou salvá-lo, mas podem fazer alguma diferença. Ah, Lula, você vai deixar eternas saudades... mas, vem cá, tem alguma lei que impeça que um presidente volte a ser presidente?

Bom, aí está... sem mais...