quinta-feira, 12 de março de 2009

Amor, sexo, relacionamento, e "perversão sexual".

O que é um relacionamento? É um contato de qualquer gênero com outra pessoa, certo?

O que é sexo? O sexo é o contato intensificado de pessoas que estão dentro de um relacionamento.

O que é amor? É a expressão que justifica os relacionamentos, e, quem sabe, também o sexo.

O que é "perversão sexual"? É um contato de um gênero inaceitável pela maioria, e essa maioria diz que isso deturba toda a noção de relacionamento, sexo e amor.

Ninguém condena as pessoas por amarem outras. Ninguém condena o sexo desde que este seja feito por duas pessoas de sexos diferentes. Mas se formos pensar que as pessoas só farão sexo com pessoas a quem amem, então o sexo está inserido no amor. E então eu pergunto: As pessoas condenam o amor? E agora a resposta é sim. Um homem pode amar um homem, mas se esses homens intensificam o amor, caracteriza-se aí a "perversão sexual". Não estou dizendo com isso que seja normal pessoas do mesmo sexo fazerem sexo (ouviram isso, não é, religiosos?), e nem estou dizendo como isso que não é (ouviram isso, não foi, gls's?). O que quero dizer é que não cabe aos mortais julgar isso, porque isso tem a sua lógica.

E agora vamos a conta.

Amor + gays = tudo o.k.
Sexo + gays = nada disso.

Relacionamento + amor = sexo.
Relacionamento (sem amor) + sexo (sem amor) = perversão sexual.

Perversão sexual + amor = dá uma confusão do que é moralidade nas nossas mentes.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Coerência.

Ser coerente, alguns acreditam, é uma coisa básica. É o mínimo que todos têm que fazer. Mas esses "alguns" se esquecem que o verdadeiro pensamento harmonioso não existe. O que talvez exista seja um apanhado de conceitos que formamos na mente, que faz com que tenhamos a impressão de estarmos sendo coerentes. Por mais que tentemos manter as coisas em devido controle, sempre haverá um motivo que nos tirará do eixo, mandando a lógica para o quinto dos infernos. Pois é fato que absorvemos coisas novas todos os dias, e só esse aprendizado é responsável por tirar metade da nosso coerência. Como haverá coerência, se a cada dia a nossa idéia de coerência muda? Certos de que tudo aquilo que pensamos saber seja a real verdade, esquecemos que a nossa verdade interior está tão oculta que nem nós mesmos podemos acessar. Cedo ou tarde, cairemos na maldita contradição. Tudo isso porque o humano é devorador de concepções. Sempre queremos novos metódos para que nossas vidas se facilitem. E justamente por sermos capazes de considerar todas estas concepções, é que fatalmente colidimos aquilo que firmemente achamos ser a verdade com as verdades que estão ao nosso redor. Resumindo, a coerência é uma incerta e incoerente tentativa de ficarmos bem com nós mesmos. Pois já dizia... alguém: De perto, ninguém é normal. E se me permitirem acrescentar... De perto, todo mundo é incoerente, e tem a impáfia e o descaramento de apontar a incoerência alheia. O que é a maior das incoerências.