terça-feira, 28 de setembro de 2010

Página de relacionamento - de que serves?

Relacionamento: Capacidade, em maior ou menor grau, de relacionar-se, conviver ou comunicar-se com os seus semelhantes. É o que diz em meu dicionário.

O mais comum é relacionar-se com pessoas que estão próximas de nós. Mas aí inventaram a internet, as distâncias diminuíram e todo mundo ficou acessível a todo mundo. Então uma coisa que existe desde que o mundo é mundo entrou em ação: a fofoca, a curiosidade. Orkut, Facebook, Twitter, MSN. Para quê existem essas ferramentas? Para unir os povos, para distrair a mente por um tempo e te colocar perto de pessoas que você não conhece, e que vão te tirar um pouquinho de sua enfadonha rotina de viver sempre com as mesmas caras. "Sim", você pode me perguntar, "Mas a gente não conhece pessoas todos os dias, nas ruas?" Sim. Mas se você é daqueles que não admite aceitar contatos que não conhece e que esconde suas fotos e recados, e às vezes até de seus próprios amigos, para quê você tem página de relacionamento? Para mim o sentido dessas redes sociais é para você se mostrar para o mundo. Não estou dizendo que as pessoas não possam ter segredos, também tenho os meus, mas não acredito que o Orkut vá revelar coisas que você não quis, porque simplesmente é você quem escolhe o que vai aparecer ou não. É seu direito não aceitar certas pessoas, mas é muita frescura ser antissocial dentro de uma rede social.

E eu nem acho que as redes sociais integrem tanto assim as pessoas. Tem gente que é mascarada na vida real, imagina na internet! Mas eu aproveito a internet para expor opiniões, sem muito medo de encontrar rejeições. A internet não é um mundo. É só uma grande parte dele. Se você é antissocial, direito seu, e seja feliz como quiser, não sou preconceituoso; mas se você é assim, não tenha site de relacionamento!

Recentemente usuários do Facebook cancelaram suas contas em protesto contra alterações que limitavam o quanto de informação podiam esconder. Pensando bem agora, foi melhor mesmo terem saído, já que não estavam participando mesmo. Ponto para o Facebook, que alegou não estar sendo usado com o verdadeiro propósito para que foi feito: interligar as pessoas.

domingo, 26 de setembro de 2010

Pais e filhos (de novo?)



Pensaram que eu ia falar da música? Pois é. Agora eu vou. Estreando música neste blog.

Estátuas e cofres e paredes pintadas.
Ninguém sabe o que aconteceu...
Ela se jogou da janela do quinto andar.
Nada é fácil de entender...
Dorme agora... É só o vento lá fora.

Quero colo! Vou fugir de casa.
Posso dormir aqui com vocês?
Estou com medo, tive um pesadelo.
Só vou voltar depois das três.
Meu filho vai ter nome de santo...
Quero o nome mais bonito...

É preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã.
Porque se você parar, pra pensar, na verdade não há.

Me diz, por que que o céu é azul?
Explica a grande fúria do mundo.
São meus filhos, que tomam conta de mim.
Eu moro com a minha mãe!, mas meu pai vem me visitar.
Eu moro na rua, não tenho ninguém.
Eu moro em qualquer lugar!
Já morei em tanta casa, que nem me lembro mais.
Eu moro com meus pais...

É preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã.
Porque se você parar, pra pensar, na verdade não há.
Sou uma gota d'água! Sou um grão de areia!
Você me diz que seus pais não entendem, mas você não entende seus pais...
Você culpa seus pais por tudo... Isso é absurdo.
São crianças como você. O que você vai ser quando você crescer?

Na verdade, eu não vou falar da música dessa vez. Já falei sobre o tema. Nas próximas eu comento, e vai ser assim, em azul.

sábado, 25 de setembro de 2010

Pais e filhos


♪...Estátuas e cofres e paredes pintadas, ninguém sabe o que aconteceu...


Não é isso.

Recado aos pais: seus filhos não pertencem a vocês. Apesar d'eles dependerem de vocês por um longo período de tempo e acabarem com o restinho de paciência que lhes sobraram, eles não são seus. Vocês não podem culpá-los caso eles se mudem ou casem e dêem amor a outras pessoas. Outra coisa: discordar não é desrespeitar. Se eles não seguirem a religião que vocês desejam, se eles não defenderem vocês quando vocês estiverem errados (porque, acreditem ou não, vocês erram), se eles não concordarem e não seguirem seus conselhos, o problema é todo de vocês. E não se culpem. Quase nunca. Se vocês não forem assassinos sanguinários (e só se forem sanguinários), aí sim vocês podem ter parte no que seus filhos se tornarão. Os pais sempre vão procurar fazer o bem para seus filhos, salvo raras exceções, e eu acredito. Mas o resultado não é perfeito. Seus filhos não são vocês. Então, em vez de pegar em seus pés, apenas apontem o caminho e a vida se encarregará de mostrar se estão certos ou não. 

Aqui um recado apenas para o pai: se sua filha tem 21 anos ou mais, ela não é mais virgem. Algumas podem ser, mas acredite, é melhor desencanar; mais dia menos dia, a coisa vai rolar. E mesmo que ela permaneça virgem por um tempo maior, nem pense que sua mente ainda é a mente da menina de 10 anos que você um dia conheceu. Um conselho: preocupe-se em tratar bem a sua esposa, dar conta do recado e não perdê-la para outro. Esqueça sua filha, ela com certeza está bem acompanhada esta noite... esta tarde ou esta manhã. "Não", diz o pai babão, bobão e bundão. "Tenho certeza que minha filha é pura. Sempre chega às dez." Bobããããoooo, sexo não é coisa que se faz apenas de noite. Não compare sua vida sexual com a da sua filha, porque você perderia feio! Eu acho que acabei com eles... estou sinceramente penalizado... mas alguém tinha que dizer a verdade! E se você é daqueles que defende com unhas e dentes a castidade da sua filha enquanto manda seu filho para abater as filhas dos outros, se me vir na rua, dobre a esquina, seu hipócrita!

Pais, às vezes seus filhos não vão amar vocês, o que é lamentável; mas, fazer o quê?, às vezes eles são idiotas, mas como eu já disse, a culpa não é de vocês. Façam e não esperem nada em troca, porque a decepção pode ser enorme. Eles não pediram para nascer e aposto que foi muito prazeroso concebê-los. E se seu filho foi gerado durante uma transa péssima, problema de vocês. 

Recado aos filhos: em primeiro lugar, se não fossem por eles, vocês nem tinham nascido. "Ah, eu não pedi pra nascer..." Que se recusassem a sair! Que se matassem lá dentro! Sabe quantos bilhões de espermatozóides morreram para que vocês tivessem nascido? Deixem de frescura, vocês quiseram nascer... quiseram... quiseram... Não achem que seus pais têm o dever de sustentar vocês e fazer todos os seus gostos. Legalmente, pode até ser. Mas se vão ficar esperando tudo na boquinha, como alguém poderá lhes levar à sério? Eu me revolto ao escutar de um filho: "Vocês tem que me sustentar. É lei." Não! Vocês devem aos seus pais! Reconheçam que sem eles vocês não poderiam viver e pensem nisso toda vez em que forem ingratos e imbecis. Outra coisa: vocês são muito bons, educados e compreensivos, na rua. Fora de casa, vocês não são ninguém. Engolem sapos de quase todo mundo, mas quando seus pais falam qualquer coisinha, aí o bicho pega: se revoltam, viram independentes, armam o maior escarcéu. Porque sabem, que, na teoria, eles não vão te fazer coisas ruins. No fundo, tratar os pais com agressividade e ser molenga nas ruas é só um sinal de covardia. Eles enchem o saco, eu sei, mas escutem; se não concordam, digam. Eles podem não gostar, então façam-se de surdos... mas não debochem. E vocês podem mandar seus pais pr'aquele lugar, o mundo é livre, mas se certifiquem que já tenham como se virar sozinhos. E trocar ofensas, se você é pai ou filho, só vai causar ódio, uma bola de neve de ódio que vai levar todo mundo abaixo.

Final: nenhuma relação é fácil, e a relação entre pais e filhos parece que é a mais conturbada, porque envolve muitas e muitas coisas. Eu defendo o diálogo. É uma pena que seja tão raro ver uma relação de cumplicidade entre pais e filhos. Mais disso faria tão bem ao mundo...! O mundo já está tão frio para termos essa frieza até nos lares familiares...! Amem mais e esqueçam o orgulho.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pessoas

Eu conheço pessoas. Umas são mais importantes do que outras, ou seja, tem gente que faz parte da minha vida mais intensamente. O que não impede que eu as odeie. E nada impede também que eu ame mais aquelas pessoas que não fazem parte da minha vida. Mas vou deixar claro: eu tentarei gostar de todo mundo, assim como também tentarei atrair todos eles. Eu quero gostar de você; nem sempre rola, mas eu quero muito, muito, muito me dar bem com você. Para mim, para mim as pessoas estão ocupadas demais, ou eu estou desocupado demais. Eu não sei. Só sei que as pessoas não parecem tão próximas. Uma coisa que a modernidade fez foi tornar as pessoas mais próximas, fisicamente falando, com a liberdade maior que as coisas tomaram. Mas os corações continuam afastados. Mesmo quando as pessoas fazem sexo, por exemplo, às vezes elas estão tão distantes, que mesmo estando dentro de outras, elas não sabem quem elas são. Eu gosto de saber, conhecer, eu gosto de entender as pessoas, e meu vício é tentar me aproximar de todas elas.

Só eu sei que não estou me saindo muito bem, e eu sei que eu sofro tentando me sair bem. Eu devia odiar as pessoas, eu devia ser antissocial, porque elas me tiram do jogo; mas eu simplesmente não consigo deixar de procurar as coisas boas nesses seres imperfeitos. Existe uma coisa chamada convenção. Um namoro é uma convenção. Uma amizade é uma convenção. Um casamento é uma convenção. O.k., não estou dizendo que todas as coisas devam se misturar, não sou tão moderno assim. Porém eu tenho a convicção de que nada disso consegue medir o sentimento. Você não sabe se seu marido ou sua mulher te ama mais do que os amigos que eles possam ter, e nem é obrigado o seu amigo gostar mais de você do que de uma pessoa que ele mal conhece. Existe uma coisa chamada ciúme. Eu sou ciumento. Eu desejo ser o mais amado por todos. Eu sei que isso não acontece, mas sei do meu potencial para te conquistar. Às vezes quando dois amores meus estão abraçados, eu fico confuso, sem saber de quem eu estou com ciúmes. E existe uma coisa chamada demonstração. Mas me faltam palavras, me faltam mãos, e me faltam pernas para te mostrar o quanto eu sinto por você. Eu amo muita gente e eu acho que a maioria não me leva à sério porque eu não sei exibir o calor do meu sentimento. Se eles lessem nos meus olhos, se eles lessem em meus pensamentos, se eles soubessem olhar através do que os olhos podem ver, eles veriam meu amor. Eu sou diferente, meu modo é diferente, e eu sei que eles não precisam se adequar a mim e eu é que tenho que me adequar a eles; mas nem sempre dá.

Eu desejo ser mais próximo de todos vocês, meus amores. Eu desejo que vocês me sintam penetrar em suas almas, e que vocês invadam a minha. O amor não é medido, mesmo que a gente meça. O amor não deixa que a gente coloque outras coisas à frente dele, mas a gente coloca. Fazer o quê? Este é só um recado para você, meu amor, que pensa no amor, de qualquer forma que você o entenda. Espero que ame quem você queira, no momento que você queira; mas nunca deixe de olhar para quem pode te dar amor. Eu posso. Todo mundo pode. Eu sei que existe também uma coisa chamada incompatibilidade de personalidades, mas você não saberá se não tentar. E mesmo os incompatíveis podem se compatibilizar, e as pessoas podem mudar; eu nunca vi acontecer, mas elas podem mudar. Tirando o preconceito, a hipocrisia e a futilidade, todos nós sabemos amar. Me ama, vai... Quero me aproximar.



sábado, 18 de setembro de 2010

Eba! Meu aniversário. Parabéns para mim!

Mas será que eu mereço ser parabenizado? O que eu fiz? O que eu não fiz?

Ao mesmo tempo em que eu sei que fazer 21 anos não significa nada, eu também sei que eu quero que signifique. Eu espero ser feliz neste dia 19, mas quem disse que a felicidade quer vir no dia certo? O universo está pouco se lixando para meu aniversário. Mas se ele por acaso estiver, eu quero pedir um presente: que haja amor em cada dia da minha vida, mas não quero amor em doses homeopáticas, eu o quero todo de vez!, e que ele venha de todas as direções. Me sinto "por fora" deste mundo e eu peço também que ele me inclua. Vou parar por aqui, porque vou acabar ferindo minha promessa de pedir pouco; mas não aguento mais pouco. Eu quero saber como é ser um pouco mais, mesmo que o pouco mais dos outros não seja o que espero. Só quero provar a normalidade mesmo que seja amarga, mas ao mesmo tempo não quero abandonar a minha distância de todos os outros.

Parabéns pela minha vida, e eu quero ser parte da sua. Ah, cala a boca, Diego, não enche meu saco! Deixa, sou eu comigo e vocês com vocês, e nós uns com os outros. 

Humanidade. Felicidade. União. Amor. Eu.

Nostalgia

Eu sou jovem e ainda não vivi quase nada. Então eu não tenho nada do que sentir falta. Ou pelo menos não existe razão para que eu me apegue às coisas que vivi. Quase tudo é infância. Mas a criança não me abandonou, assim como o adulto não me convenceu de que é melhor sê-lo.

Eu me lembro, eu me lembro de coisas, que à altura não eram incríveis, mas que agora eu reconheço o quanto eu gostava. Porque a gente não sente falta apenas das coisas boas e toda coisa é boa quando olhada do futuro. Eu me lembro de um menino, que não era exatamente eu, das coisas que ele fazia e do que ele sentia. Ele brincava de boneco, mas a maior diversão que ele tinha era pegar os botões (botões de colocar em roupa), escolhia cada exemplar, respeitando tamanho e cor, e cada um deles era um personagem. Sem nenhum motivo, os botões eram mais reais que os bonecos, apesar da aparência humanoide destes. Eu me lembro de árvores, em cada casa que esse menino morou. Já viu pé de jaca (o pé de jaca que desmoronou), pé de manga, pé de acerola e de carambola. E no pé de carambola havia seus bichinhos favoritos: os soldadinhos.


Eu me lembro também que aquele menino não era exatamente um bom exemplar de sua espécie. E ele crescia, e tudo fazia muito sentido... tirando as coisas que não faziam sentido. Ele era feliz. Assim mesmo, a felicidade não tem muro de arrimo e por vezes se esfacela. Mas apesar dos desmoronamentos, a sua casinha  sempre era reconstruída, apesar de ficarem marcas eternas. Eu me lembro de sua primeira paixãozinha escolar, que por sua vez tinha uma paixãozinha pelo menino mais popular da escola. E como eu já disse, aquele menino que caçava soldadinhos não era o melhor exemplar de sua espécie. Depois, menos verde (eram tempos gloriosos para esse menino), teve outro amor, que mais uma vez tinha amor pelo menino mais popular. E veio o terceiro (que menino mais atrevido!), que não tinha outro amor em vista, mas mesmo assim se recusou a aceitar o dele. Ela disse uma frase boa: "Eu gosto de você, mas você não pode me proteger" Ele entendeu. Ele era feliz. Ele não estava ligando para essas bobagens. Mas o crescimento chega, sem pedir licença, e as coisas tomam uma importância que não têm. Era hora da razão. A hora de pensar. A hora em que a inteligência chegou ali. As coisas já não eram tão felizes, porque ele tinha o conhecimento para saber. E veio outro amor. Arrebatador! Interessante! Traumatizante! Deixemos de lado essa parte, porque dura até hoje e pode completar décadas...

Eu me lembro, muito antes do mal pegar o nosso menino de jeito, que havia uma criança ali. E ela via um anjo. Me lembro de uma farda escolar. Me lembro que era uma menina (se caso não fosse um anjo). Me lembro de cachinhos dourados, que deslizavam e eram lindos. Eu nunca acreditei na expressão dos anjos e santos em suas imagens, mas quando relembro daquele rostinho, eu sei que já presenciei algo divino. O que me faz lembrar de outro anjo (ou de outra garota de cachinhos dourados), da época do "você não pode me proteger", que sentou ao lado do menino no seu primeiro dia de aula, na 5ª série. Acho que aquele momento durou uma hora, se muito... mas garanto que cada pedacinho está na mente daquele menino, que já não é menino e que se transformou em mim. Mas como o menino tinha conseguido a vaga naquela escola por meios diferentes (não tinha vaga e deram um jeitinho), a diretora teve que reagrupar as turmas, e adivinhem o que ela fez? Claro, não deu outra, ela levou o anjo embora da turma que sempre fora dela. E como exemplo fraco de sua espécie, o menino não podia ir atrás dela. É, a sorte do nosso menino não é das melhores em se tratando de garotas. Nomes dos anjos: nem eu nem o menino conseguimos lembrar. Será que era o mesmo?

Eu me lembro de imagens, distorcidas a tal ponto que não sei se são verdadeiras. Mas se estão na mente dele, elas são reais. Eu me lembro que havia uma amiga... e um quintal... do vizinho... abandonado... houve uma invasão... do menino e sua amiga... mas havia coisas interessantes, cacarecos e brinquedos quebrados. Uma cena bonita, como os flashbacks de filmes. O menino, sua amiga e um ambiente divertido, com coisas novas a explorar. Há a imagem da queda na escola... dois garotos... nenhum deles é nosso menino... embora ele estivesse no mesmo ambiente... vejo uma mesa, e um pulo desta; um pulo duplo... um tentou segurar a lancheira, o outro não viu e pulou... mas segurava a mão do primeiro... havia um óculos, na face do menino da lancheira... eu me lembro de sua cara, que bateu com toda a força no chão... e me lembro do sangue que respingou em várias direções, como os raios de sol de um desenho infantil, e o sol, claro, era a cara do menino... Não há em minha memória nem da do menino o que aquela queda causou ao menino da lancheira depois, só me lembro da queda.

O vai e vem de memórias. Que lindo é ter um passado!, seja qual for. Eu volto para lá assim que posso e me revolto toda vez que vejo que não posso voltar. Ter saudade do passado não quer dizer que o presente é ruim e nem que o passado era tão bom. Passado e presente se unem, e formam quem você é. Toda nossa vida nos pertence e é direito da gente ter saudade da gente. E aquele menino era um lutador, e de todas as lutas, só perdeu uma, que deveria ter afetado sua inteligência, mas que, me arrisco a dizer, só a amplificou. Mesmo assim foi uma perda significativa, socialmente falando. Mas entre Mike Tyson e aquele menininho, ah, eu não duvido, nocaute e lona para Mike Tyson!

Segue a luta, segue o menino. E eu estou em eterna dúvida se sou eu ou o menino. Nem tão longe atrás na linha do tempo também existiram coisas das quais jamais vou esquecer. E o futuro... é coisa em que não penso! Penso, mas não penso em repensar. Se for para chorar sobre coisas que não sei se existirão, é melhor não chorar; o melhor é rever o que estou fazendo e sempre tentar melhorar. Eu vou chorar por você e não quero chorar por mim, e nem espero que você chore por mim. Chore por você e eu te ajudo a chorar, e se você chorar por mim, ah, com certeza eu vou chorar. Sou seu e estou com você, e eu espero que você esteja comigo e seja meu.

Por que eu falei em chorar? Por que eu falei em você? E quem é esse "você"? É você, que reside num lugar chamado coração. Acho que só estou rogando amor, pra ver se encontro um amor pra morar em meu coração... Não pode ser crime e nem deve fazer mal invocar amor.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Enganações e ganâncias da Indústria Cinematográfica

A nova ordem do cinema é fazer roteiros completamente originais, mas sob títulos de franquias famosas.

Alice No País Das Maravilhas de Tim Burton.
Esse filme podia perfeitamente ser outro filme. Ele está mais perto de ser outra coisa do que ser Alice. Se mudassem os nomes de alguns personagens e substituíssem o figurino e modificassem o design, ninguém ia ousar dizer que era um filme sobre o livro de Lewis Carroll. O filme não tem nada a ver, e só se chama Alice para ganhar dinheiro. E ganhou. Mas, porra, isso não é Alice. O que me lembra o ódio que tive de Tim Burton, porque esse fresco, em A Fantástica Fábrica de Chocolate, conseguiu melhorar a história e foi um filme incrível. Mas ele avacalhou com minha pobre Alice!

Sherlock Holmes.
É um filmão. Inteligente. Muito bem feito. Cenas ótimas. Bem, eu adorei o filme! Mas aquele não é Sherlock Holmes. Esse foi um ótimo filme de ação e de mistério, um dos melhores filmes que assisti, mas podia ter qualquer outro título que não faria diferença. A única diferença é que atraiu as pessoas para assistirem por causa do nome do filme. Isso não crime, nem nada, mas é muita esperteza de quem fez o filme.

Robin Hood.
Ontem eu vi Robin Hood e gostei muito! Só teve um detalhe. Cadê Robin Hood? Certo, ele estava lá, mas a alma dele ficou muito longe do filme. E aí comecei a ver essa moda de fazer filmes novos usando o nome de sucessos antigos para ganharem mais dinheiro do que já ganham. Tem a pirataria e tal, mas mesmo assim, sacanagem, pô...

Mais tem coisa pior.

Homem-Aranha.
Recentemente anunciaram que por causa de desavenças entre o diretor Sam Raimi e os produtores do filme, eles iriam trocar o diretor. Até aí tudo bem. Mas com a saída de Sam Raimi, Tobey Maguire e Kirsten Dusnt  desistiram de participar do filme. Pronto. Acabou o sonho de outro Homem-Aranha. Não!!!!! O que eles vão fazer? Vão reiniciar a série e pegar outros atores pra fazer o filme. Por quê? Porque querem ganhar dinheiro! Porra!!! Espero que eles ganhem a metade do que esperam ganhar - o que já é muitos milhões de dólares. Que ganância! Que ambição! Que saco! Reiniciar a série é o caralho! Eu vou evitar ao máximo assistir esse filme. Tomara que seja um fracasso... mas não vai ser... porque se chama Homem-Aranha.

Piratas Do Caribe.
Vai ter o 4... Eba!!! Nesse caso está bom. Perderam Orlando Bloom e Keira Knightley, mas mantiveram Johnny Deep, pela bagatela de 21 milhões de libras. Queria saber se eles iam ter a cara-de-pau de fazer o filme sem Jack Spearow...

Não mudei o mundo, não mudei o cinema, mas falei e disse...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Liberdade e coragem

Você é livre? Sim. Você. Você se considera livre? Sim?... não?... Por quê?
Você tem coragem? Sim?... Então você é livre!... a menos que seja um prisioneiro, fisicamente falando.

Na vida temos várias opções e podemos optar por qualquer uma delas. Claro que existem decisões difíceis de ser tomadas, mas se quisermos fazer alguma coisa, ninguém realmente vai poder nos segurar. O que pega são as consequencias, mas somos livres para fazer o que quisermos, e é aí que a coragem entra. A coragem para fazer valer nossas vontades, considerando as consequencias. Você pode correr ou parar. Você pode ficar ou fugir. Você pode se levantar e deitar, quantas vezes quiser. E você pode pegar qualquer coisa e pode ir aonde quiser, desde que suas pernas possam te levar lá. Grande coisa!, você me diz. Tudo bem. Você pode sair de casa e passar a madrugada se divertindo e vivendo aventuras, mas quando você chegar em casa, se for casado, provavelmente não será mais; ou, se morar com seus pais, será expulso. E você pode roubar e matar, mas terá a possibilidade de ser preso. Pode encarar!

Se você tem coragem para assumir os riscos, vá lá e faça, ou minta e resolva tudo. Mas mentir não é ter coragem, e muito menos irá te tornar livre. A mentira é contrária a tudo isso, mas como ninguém vai ficar sabendo mesmo, tudo bem. Em nossas mentes a liberdade é plena, e qualquer um pode ser plenamente livre. Mas o difícil é ter coragem. Você é livre! (eu estimo que 85% da população mundial seja livre, e ainda estou sendo pessimista). E quando estiver reclamando que seu patrão é um idiota ou que seus pais são opressores, saiba que você tem o poder de mudar. Pense em quem não pode ser livre e se sinta contente por essa graça.

No Dia da Independência, pense que você é um ser livre e poderoso, e com toda a desgraça, você pode fazer mais. Mesmo imperfeito, você pode ir até os limites da perfeição. 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Vamos falar de... política

Em primeiro lugar, eu não possuo grande conhecimento sobre política; na verdade, eu não sei nada sobre política. Mas não deve ser tão difícil, não é? Tentarei.

Eu não me interesso muito por política, e vou confessar que eu não procuro saber o que os admiráveis sujeitos andam fazendo pelo nosso país. A única coisa que eu sei é que todos eles têm mais dinheiro do que eu e que trabalham muito menos que meus pais. Dizem alguns que os políticos nos fizeram nos desinteressar a fim de que pudessem roubar mais. Outros dizem que somos uns desinteressados e que na época da ditadura éramos mais participativos. Bom, na ditadura a turma apanhava e o escambau, e por isso o povo buscava se vingar de alguma forma. E se vingavam protestando e sendo participativos - o que por consequencia fazia-os apanhar ainda mais - e por consequencia eles ficavam ainda mais participativos. Viu? Não era lá grandes coisas ser participativo naquela época.

Hoje, sem as porradas, somos uns cagões. E eles são uns ladrões. O que me faz chegar a conclusão de que os políticos só sabem fazer uma coisa por vez. Ou roubam ou batem. Ou que eles eram mais discretos. Ou que não interessava se eles roubavam ou não, uma vez que o povo estava muito mais preocupado em defender seus pobres corpos. Hoje ninguém bate em ninguém, mas a gente continua a bater cabeça por aí. Hoje ninguém faz nada pelo povo, mas faz pela maioria, porque a maioria é que vai colocar o candidato no poder. Para ser mais claro, vamos pensar assim: digamos que eles dêem pão para todo mundo, mas só 54 % do povo quer pão, e não interessa a eles se os outros 46 % estão abarrotados de pão e querem outras coisas, porque tudo o que eles precisam é de 54% dos votos. Eles aproveitam que as pessoas não pensam no bem coletivo e sim no próprio bem, e ao invés de nos fazer ver que temos que pensar no bem coletivo, eles simplesmente deixam como está porque eles também só pensam no bem deles. A política que se faz hoje é a política da solidão (e agora eu sei por que me sinto tão sozinho nas noites frias). Hoje não temos políticos (a palavra é derivada do grego politikós (polis), que significa tudo o que se refere à cidade, portanto, citadino, público, social). Agora temos especialistas. Especialistas em turismo, em saúde, em educação, em finanças, em ecologia... mas não temos alguém que pense no geral, cada um defende sua especialidade e pronto - o que nos leva de volta ao que eu disse sobre eles só fazerem uma coisa por vez.


Neste ano, nestas eleições as coisas continuam estranhas. E mais anda. Tudo o que cada candidato vê são só os adversários. O povo?, o povo é que se dane!, eles querem mesmo é se sentir vitoriosos. Boatos surgem a toda hora, mas como sempre, ninguém prova nada. Estão falando agora que a Dilma era de guerrilha, e eu não sei exatamente o que isso quer dizer. A acusam de assassinato. Talvez seja verdade, talvez não. Mas eu acho que mesmo se ela simplesmente tivesse namorado um guerrilheiro, num ato de revolta, aos 19 anos, e isso tivesse acabado uma semana depois... mesmo assim iam dizer que ela fuzilou milhares de pessoas. E mesmo que ela tivesse feito parte efetivamente de guerrilha, isso significa que ela vai acabar com o Brasil? Ouvi dizer que Lula era um cara bonzinho no PT, e que ele segurou os radicais do partido, e que Dilma não fará isso, e que isso vai foder o Brasil. Mas, o partido tem mesmo a ver com isso? Sei lá. E Lula é tão fodão assim? Eu acho, mas se todo mundo acha, ele devia continuar nessa porra. Honestamente, eu não vou com a cara da Dilma, mas Lula garantiu que a mulher é boa, então eu acredito.

A gente só assiste e não sabe no que acreditar. Ou sabe e realmente escolhe um dos lados. Mas será que você sabe o que está fazendo? Eu não sei, mas faço minha opção cegamente, como o resto do povo. Escolho pelo carisma e pela graça. Então Tiririca na cabeça! Calma aí... Mas, falando nisso, os candidatos sérios e de verdade (aqueles que a gente sempre vê, os mesmos figurões) odeiam quando artistas e afins se candidatam, porque eles ridicularizam a classe política (como se precisasse...). Mas será que um Tiririca da vida, por trás de toda a galhofa, não pode fazer mais do que todos os outros?

Votando no Serra ou na Dilma (os outros, se não mudaram nenhuma regra no contínuo espaço-tempo, não vão ganhar. Nem Marina, apesar de eu achar que ela é uma forte candidata), escutem menos e pensem mais, antes de decidir. Sinceramente, duvido que algum deles possa atolar o Brasil ou salvá-lo, mas podem fazer alguma diferença. Ah, Lula, você vai deixar eternas saudades... mas, vem cá, tem alguma lei que impeça que um presidente volte a ser presidente?

Bom, aí está... sem mais... 

sábado, 4 de setembro de 2010

A voz do povo é a voz de Deus... ou pelo menos uma nota dela

Júri popular: em alguns casos de homicídio, latrocínio ou qualquer crime contra a vida, há a opção de se fazer um júri popular. É, pessoas comuns são convocadas para decidir os culpados por um crime. Geralmente tomam essa opção em casos de comoção popular ou quando todo mundo já sabe mesmo quem matou ou não, como foi o caso Serrambi...

Todo mundo dizia que não tinham sido os kombeiros os assassinos de Maria Eduarda e Tarcila, e a história que contavam é que um filho de alguém muito importante é que tinha feito o crime, e por isso estavam encobrindo o verdadeiro criminoso. Não vou questionar se as provas contra os kombeiros tinham fundamento ou não, mas se surgiu o boato desse filho importante é porque alguma coisa tinha. Então por que não o chamaram? Não sei, mas há algo de podre no reino de Pernambuco...

Se os culpados foram ou não os kombeiros, eu não sei, mas eles foram absolvidos porque o povo os absolveu. Justo ou não, a voz do povo foi a voz da verdade, sendo verdade ou não. E Deus, o que tem a ver com isso? Bem, todo mundo ficou com a sensação de que a justiça foi feita, e Deus... bem, Ele adora alegrar a gente, então considero que Sua voz veio até nós sob o júri popular, e quero ver alguém dizer que a nossa voz não representou bem os desígnios do Senhor. Afinal, somos Sua imagem aqui, e portanto os únicos representantes...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Justiça

A Justiça é cega. E isso significa dizer que ela não deve enxergar quem merece e quem não merece, e sim quem está certo e quem está errado. Certo? Errado! O termo "justiça cega" é um tipo de metáfora para explicar que ela não vê as diferenças entre as pessoas, se são ricas ou pobres, famosas ou desconhecidas, bonitas ou feias. Mas tem coisa que ultimamente a Justiça não está conseguindo enxergar. Por exemplo: quem são os culpados e quem são os inocentes. Existem outros símbolos para a Justiça. A balança, que representa o equilíbrio e a igualdade, e a ponderabilidade para resolver as questões. Também tem a espada, que representa a força, a força que vai garantir que as punições cheguem a quem as merece.


Mas o símbolo da moda é o símbolo da cegueira mesmo! Nada contra os cegos. Eu os respeito muito. E também porque seus outros sentidos são tão apurados que nem precisam da visão. Mas a Justiça, ela está cega, surda, muda? (faz muito tempo), e, por que não?... está meio louca também. Além disso tudo, ela é lenta, e como uma lesma míope, ela tenta caminhar e se perde no meio de subornos, corrupção e uma infinidade de apelações. Se você é pobre e desimportante, você é rapidamente levado ao pior caminho possível. Se você tem posses, você leva as coisas até os últimos limites, e isso vale para os culpados e também para as vítimas. Por que então você acha que ainda não encerraram o "caso Serrambi"...?

Então, onde está a imparcialidade? A Justiça é cega, e parece que é muito malandra também. Cega, quando se trata de julgar adequadamente. Mas tem os olhos vivos para beneficiar este e aquele outro... Não sei como funcionaria, e sei também que isso é só emblemático, mas a Justiça sendo cega só está deixando os fatos passarem por debaixo do próprio nariz. Vamos dizer "justiça atenta", "justiça sábia", ou, finalmente, "justiça justa" - o que, infelizmente, não é pleonasmo da minha parte -; mas a justiça cega não está dando mais para aceitar.