sexta-feira, 27 de maio de 2011

Herói ou Marginal: Personalidade da Polícia

Defender a população. Combater crimes. Prender bandidos. Ser herói. Ser policial.

Policiais deviam ser exemplo de civilidade, paciência e autocontrole. Policiais deviam ser o sossego da nação. Ganham mal, por isso não precisam ser nenhum Jack Bauer. Ok. Aceito isso. Não podemos exigir grandes heróis, mas a verdade é que o perfil do policial que a gente vê por aí se assemelha mais ao perfil de um marginal. Sabe qual o tipo de pessoa que sonha ser policial? Sabe aqueles caras "amostrados"? Aqueles vizinhos encrenqueiros? Aqueles tipos que em qualquer briguinha já pegam de uma arma para ameaçar? São esses carinhas que sonham entrar para a polícia. Não todos, pois nada é unânime; mas a maioria dos policias são, com o perdão da palavra, uns merdas.

Então, quem supostamente devia proteger se torna o principal perigo. Se você tem um vizinho policial, pode pensar: "estamos mais tranquilos. Pelo menos não sairá confusão dali". Mas não! O que acontece é o contrário: seu vizinho policial é o mais chato, mais baderneiro, mais amedrontador vizinha. Você fica com medo de ouvir um som mais alto no fim de semana, porque seu vizinho policial encrenqueiro pode aparecer com o trabuco na mão para tirar satisfações com você. Muitos deixam os bandidos escapar; muitos são os próprios bandidos; mas 90 % deles são covardes, e em vez de serem "heróis", acabam sendo "vilões". Em vez de serem o terror dos bandidos, são o terror da população.

Noutro dia apareceu no noticiário um policial que pirou e saiu tirando a roupa por aí. E são casos e mais casos que simples revistas se tornam pura tortura. Não sei o que está errado. E nem sei se tem como mudar. Afinal, quase qualquer um pode, um dia, ser policial. Talvez mais rigor na "seleção". Mas o problema que as atitudes de marginal podem ser facilmente confundidas com atitudes de coragem. Quase sempre o melhor policial vai ser aquele mais agressivo. E agressividade, na maioria das vezes, vira exagero e falta de controle. 

Não acreditam? Isso é papo furado? Pense nos policias que você conhece e me diga: você gostaria de ser o melhor amigo desse policial? Bom, as mulheres são diferentes. E existe policial mulher! Eis a solução. Mas se depender das mulheres para formar a polícia, não haverá policial suficiente. Desculpem, eu sei da revolução do sexo e dos direitos iguais e blá-blá-blá (e sou defensor disso), mas nunca as mulheres terão igualdade quantitativa na polícia. É algo difícil de resolver; algo difícil de pensar; algo quase impossível de alguém querer ajeitar. Mas a realidade é que, atualmente, precisamos de marginais para pegar os marginais.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Solidão...

Depois de cinco meses resolvi voltar a escrever alguma coisa aqui. O motivo?... Bem, na verdade são vários motivos; mas o maior deles diz respeito à solidão. Não que eu ache que escrever aqui seja um modo de obter companhia. Pelo contrário: escrever este blog é meu maior atestado de solidão. Mas só o fato de haver a remota possibilidade de alguém conseguir chegar aqui, isso já me traz um pouco de alento.

Por que a solidão, se há tantas pessoas no mundo?

Minha solidão é acompanhada - o que a torna ainda mais solitária. Mas o problema não é não ter com quem estar. Meu problema é não ser a pessoa número 1 a quem as pessoas desejam estar. Ok, mas você não precisa ser o número 1 para ser uma companhia desejável, vocês podem ficar pensando. Eu não tenho a pretensão de ser o número de muitas pessoas, nem ser o número 2 de todas elas. Mas pensem bem: qualquer um de vocês é o número 1 de, pelo menos, uma pessoa. Eu não sou o número 1 nem da minha mãe, uma vez que não sou filho único e acho que ela não poderia - e nem deve - escolher um.

Então tudo bem em ser o número 1 junto com outra pessoa. Mas as pessoas não elegem muitos número 1, obviamente porque é mais fácil e seguro escolher uma só pessoa e ser tudo para essa pessoa. Isso explica aquela sensação que muitas pessoas têm quando tal e tal amigo arranja um par novo. Não devia me preocupar muito o fato das pessoas (no meu caso, garotas) me dizerem insistentemente que gostam de mim "como amigo"; afinal, amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito. Mas sabem quando a gente diz que guardou aquele objeto em algum lugar e quando nos damos conta, simplesmente o perdemos? Não teria nenhum problema em eu ser encalhado, mas ficar encalhado nos dias de hoje é realmente ficar como uma baleia na areia, e que não importa quantas pessoas venham acudir ou quantas redes sejam jogadas, ela vai morrer encalhado.

Tudo o que eu falei agora são coisas normais... compreensíveis. Porém, estou cansado...

E sobre mim eu tenho a dizer que não, eu não sou lá muito normal. Eu diria que sou uma pessoa crua, sem temperos ou conservantes para me deixar mais tragável. Quem me conhece, entendeu o quero dizer. Quem acha que me conhece pelo simples fato de me conhecer, vai achar tudo muito estranho e achar que estou falando merda. Quem não me conhece... bem, eles vão imaginar, e posso ser qualquer coisa na visão destes. Sobre mim eu também tenho a dizer que, não importa o que digam ou quantos rótulos me botem, eu sou um cara legal... e tenho tempo para ser o melhor amigo do mundo. Só que no meu tempo me falta a liberdade para fazer no meu grande tempo aquilo que VOCÊ quer.

E quando penso em VOCÊ, eu sei que se esforça, mesmo assim não há escolhe, VOCÊ não pode me dar nada, se eu não der nada em troca. Situação que não depende de mim e não depende de VOCÊ. Eu tenho todo potencial do mundo, mas não posso TE fazer ver. Na verdade vê, mas se eu não posso usar meu potencial, o que é que se pode fazer?

Por que não posso usar meu potencial? É algo que não dá para resolver. Talvez o tempo me mostre a solução, mas por enquanto não consigo ver. Ou é mesmo a má vontade dos outros em me fazer querer viver?