quarta-feira, 28 de julho de 2010

Palmadinha do "amor".

Todo mundo deve estar sabendo que estão querendo aprovar um lei que irá proibir os pais de aplicarem qualquer castigo físicos aos seus filhos. Alguns vão dizer que criança não se educa sem umas boas palmadas. Outros vão alegar que bater nos filhos é prejudicial e que pode criar um adulto traumatizado e blá-blá-blá-blá-blá... Independentemente de qualquer coisa, eu só digo: esta lei não vai funcionar. Eu sou contra a tal da "palmadinha para educar", não porque isso pode prejudicar a criança e nem por isso ser uma baita sacanagem com um ser muito mais fraco que você. Esses são bons motivos, mas não discordo por esses motivos. Simplesmente porque acho que existem métodos melhores disponíveis no mercado... [mais sobre isso lá em baixo] 

Apesar de eu preferir correções que não causem dor, eu sei que tentar abolir tapas e palmadas não vai funcionar por aqui. O brasileiro não está preparado para mudar esses hábitos. Mas é só aqui? Não sei, nunca morei em outro país e, afinal, estamos falando de aplicar a lei aqui e não em outro lugar... Deixar de bater nos filhos requer uma educação de gerações anteriores, porque bater nos filhos virou tradição e não ato de correção. Eu bato no meu filho porque eu o amo e quero que ele aprenda. Imagina se odiasse! Para mim não interessa se você ama ou não seu filho, só me interessa se você mete o cacete nele ou não. Não é o quanto você bate no seu filho que prova o quanto você o ama. Até porque, se fosse assim, os filhos iam preferir ser odiados. Certo, tem pivete que apronta muito e deixa qualquer um louco; mas você tem que ser mais do ele, e bater nele não vai mostrar que você é mais do que ele, e sim mostrar que você é um idiota que não sabe controlá-lo e vai partir para apelação e bater nele. E você vai achar que pode muito, quando na verdade você é tão inútil que não conseguiu impor sua autoridade. Mas é só um tapinha, você me diz. Ninguém dá só um tapinha. Bater é bom, seja você Hitler ou Madre Teresa; então nem comece, porque você pode errar o cálculo de quando deve parar.

Bater não é o melhor método, bater é apenas o método mais rápido. Conversar e impor alguns castigos e convencer seu filho é muito melhor, mas como você não tem tempo nem inteligência, vai continuar a bater. E o que falta no mundo, em todos os aspectos, é paciência e sabedoria. A palmadinha do "amor" é o que destrói a boa relação entre a família. E se você quer moldar alguém a sua imagem e semelhança, você tem algumas opções: ou seja Deus, ou seja um cientista para alterar geneticamente um ser para só dizer "sim", ou compre um robô, ou - o que fica bem mais em conta - não faça filhos. Ninguém é perfeito, mãe, pai, filho, filha... ninguém é perfeito! Então uma hora seu rebento vai discordar de você simplesmente porque uma hora você vai errar. Mas é ele o errado? Convença-o, mostre que ele está errado. Ele não tem jeito? Se ele não tem jeito, ou você também não deve ter, ou ele é um capeta. Nesse caso, abre-se uma exceção... Mas eu acho que não nascem tantos capetas assim na terra. De toda forma, isso é trabalho pro Constantine, não pra você.

Eu não concordo com a lei e nem concordo em bater. Eu concordo que você não bata, com ou sem lei.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ser autoconflitante ou ter alma mentirosa?

Como Dr. House diz: Everybody Lies (todo mundo mente). Para se sair bem; para não se dar mal; para passar alguém pra trás; ou simplesmente para se proteger ou proteger alguém. As mentiras são utéis, e de vez em quando, são até boas. Tudo bem, ninguém precisa ser super sincero. Mas acho que certos exageros devem ser evitados. De todo modo, não estou condenando ninguém, não é para analisar o quanto a mentira atrapalha o convívio entre as pessoas que estou aqui agora. Quer dizer; é sim!... mas não desse jeito...

Existem espécies de pessoas que não mentem mas mentem... Deu para entender? Não? Nem eu! Vamos tentar de novo. Existem exemplares de pessoas, que infelizmente não estão em extinção, que carregam tanta mentira, tanta enganação, tanta ilusão, que não sabem que estão mentindo, porque elas são uma mentira. E se você é uma mentira, você não sabe que é, pois é natural; é você simplesmente sendo você. Ou melhor: é você não sendo você, porque é uma mentira. Confuso? Imagina para essas pessoas... imagina para quem convive com essas pessoas... É que tem gente que pode ter dito uma verdade, provada e assegurada (como dizer que uma esfera é redonda, por exemplo), e mesmo assim... mesmo assim ter mentido.

Como defesa ao mundo caótico e sem amor, as pessoas vão criando escudos, e devagarzinho vão criando suas próprias leis da verdade, e com isso, enganam-se a si mesmos. Você pode repetir que é o bonzão do pedaço: Eu sou o bonzão do pedaço. Eu sou o bonzão do pedaço. Eu sou o bonzão do pedaço... Um dia você vai acreditar nisso, por tanto repetir isso, e não por constatar que isso é verdade. Resultado: você só vai fazer tudo errado, porque você interpretou errado o que era, e com isso, você fará escolhas erradas porque se baseou em coisas que nunca existiram. Sua intenção é boa. Ok, você pode ser uma pessoa boa. E pode até ser feliz assim (já que você desconhece você mesmo). De qualquer forma, é um erro, que você pode ou não ter que pagar por ele. Resumindo, você é mentiroso até a alma! Diz a verdade, mas como não sabe quem é, não saberá as razões da sua verdade, e portanto ela se transformará na mais pura mentira.

Se ninguém sabe perceber que tem a alma mentirosa, existe cura para esse mal? Tem e se chama: autoconhecimento. Só não saberia dizer se isso já nasce com a pessoa ou se ela pode treinar no decorrer da vida. Tudo depende da genetíca e do âmbito... é o que dizem. Mas como saberei se tenho isso para procurar autoconhecimento, se não dá para perceber? Ora, você não precisa ver com os próprios olhos. Alguém te dá um toque... ou você lê em algum lugar... O pior cego é aquele que não quer ver. Mais cego ainda é aquele que mesmo quando vê, finge que não viu. Por que todas as pessoas não procuram o autoconhecimento? Porque doi, doi bastante. Mais uma velha máxima: A verdade doi. E também porque o autoconhecimento é complicado, requer algumas habilidades mentais. Mas acostuma-se.

Outra coisa é o conflito que às vezes ocorre. Ter autoconhecimento é um compromisso feito com você, e quando você assume esse compromisso, você se pune quando falha. Não, não é nada como o Opus Dei, não se preocupe. Mas você vai cometer um deslize e isso te deixará em conflito. Sabem, nossas mentes são muito complexas, e tentar pensar em todos os pontos não é tarefa fácil. Tentar explicar e achar a verdadeira verdade pode te colocar em situações embaraçosas.
Imaginem isso:
- Você me ama?
- Bem, isso não é tão simples de responder...
- Claro que é. Você me ama?
- Bem, eu gosto muito de você. Amar, eu não te amo ainda; mas o que importa é que sei aonde quero chegar. Eu quero te amar, eu quero viver com você pelo resto da minha vida. E eu tenho certeza que vou te amar, e está muito perto disso acontecer...
- Mas você não me ama?
- Não ainda, mas...
Levou um tapa na cara. 

Viu? É complicado. A verdade só dará certo no mundo se o mundo inteiro se combinar e ser verdadeiro. Sei que isso não parece tão bom, mas com certeza seria melhor, acreditem.  É uma questão de ser justo, de ser verdadeiro com você e com as pessoas ao seu redor. Bem, não precisa ser tão radical. Ninguém nunca será um perfeito verdadeiro. Tudo bem... Minta, mas, por favor, não seja mentiroso!... e cuidado com as "verdades sinceras" que te dizem por aí... 

terça-feira, 20 de julho de 2010

Ídolo bom é ídolo morto...

Morte. Você tem medo da morte? Se tem, com certeza você não é famoso, não é incrivelmente talentoso, nem tem potencial para ser um ídolo. A morte não significa nada para quem é realmente uma grande estrela, alguém que está disposto e destinado a brilhar além de qualquer causa. Quem é estrela, estrela de verdade, brilha ainda mais depois que a chama da vida se apaga.

Sem enrolar muito, pois estou impaciente, vamos logo aos exemplos:

John Lennon, quem é John Lennon? Ele é simplesmente cultuado em todo canto, um dos meninos de Liverpool, que segundo um monte de pessoas, fez a maior parceria do mundo da música com Paul MacCartney. E quem é Paul MacCartney? No início, ele também era ovacionado por todos, afinal, fazia parte dos Beatles; mas agora (aqui pra nós), todos o reconhecem como um velho que casa e descasa, casa e descasa. Confesso que exagerei, mas todo mundo terá que confessar que entre John e Paul há um enorme campo de morangos separando para sempre a forma como os dois são reconhecidos. São dois Sirs, mas um está vivo e outro morto...

Michael Jackson. Para não acharem que mudei de ídolo bruscamente, sem fazer nenhum tipo de ponte, saibam que Michael tem uma ligação com os ídolos já mencionados: certa época ele adquiriu algumas músicas dos Beatles, o que rachou sua amizade com Paul. Isso não incomodou John, porque, como se sabe, ele morreu. (Comecem a ver as vantagens de morrer) Ponte feita, vamos lá. Michael Jackson sempre foi tido como alguém muito talentoso, ídolo extremo, que se preocupava com as pessoas e com o mundo, e o único defeito que tinha era trabalhar demais. Bateu vários e vários recordes. Mas aí os anos foram passando, a carreira entrou em declínio, já não lançava novidades e acumulava escândalo em cima de escândalo. Ficou conhecido como excêntrico, viciado, em plásticas e remédios... e  foi até acusado de abusar criancinhas. Mas voltou, em meio a muita desconfiança e expectativa, e anunciou novos shows. Morreu antes de fazer o primeiro e... vendeu, vendeu, vendeu, vendeu, vendeu e vendeu; e virou mocinho, mocinho, mocinho, mocinho, mocinho e mocinho. O fato é, que mesmo depois de ter morrido, ninguém bate Michael Jackson.


Elvis Presley. Como ligação, posso dizer que Michael também comprou umas músicas de Elvis, mas não vou reciclar as pontes porque podem cair. Michael já foi casado com a filha de Elvis, Lisa Marie Presley - aquela mesmo, do clipe You Are Not Alone. Bem, isso não interessa, porque nem depois de morto o Rei do Rock teve seu posto roubado. Pelo contrário; sua fama só cresceu e todo mundo insiste em dizer que "Elvis não morreu". Tinha problemas, ficou gordo e abusava dos remédios, mas não deu tempo de fazer besteira grande o suficiente para manchar sua imagem e então morreu.

Ayrton Senna. Bem, não há ponte que chegue para ligar Senna a Elvis. Vai assim mesmo. Todo mundo sabe que, mesmo em vida, Senna era um ídolo dos mais adorados. Isso explica-se só pelo fato do brasileiro adorar fórmula-1 e haver pouquissímos representantes capazes de representar bem o Brasil no esporte e trazer títulos. Dois outros pilotos obtiveram algum respeito entre os torcedores antes de Senna: Nélson Piquet e Emerson Fittipaldi. Ambos ganharam campeonatos, Piquet levou 3 e Emerson faturou 2. Apesar de Senna ter ganho também por três oportunidades, os números mostram a sua superioridade. Ganhou dois título seguidos, e antes destes, conseguiu ficar em segundo, e antes, já tinha ganho um título. Tirando o ano de estreia, no qual ficou em nono no campeonato, o pior dos resultados que teve foi o quarto lugar. Talvez o número maior de vitórias e sua personalidade tenham feito dele o ídolo que foi. Ayrton Senna fez uma carreira meteórica! Mas ainda insisto: o fato de ter morrido, quando todos tinham a esperança de mais títulos, comoveu a nação, e, com certeza, aumentou muito mais o ídolo que ele é.



Coisa que não aconteceu com o próximo personagem a ser relatado. É um esportista e seu esporte é o mais amado no nosso país. Fez mais de MIL gols e em todos os lugares que vai (talvez com exceção da Argentina) é considerado o melhor no que fez! Pelé. Ele deveria ser endeusado, não deveria receber nenhuma crítica, merecida ou infundada, e não deveria, sob hipótese alguma, ser achincalhado. Mas todos nós sabemos que isso não é bem assim. Simplesmente porque ele está vivo e, portanto, sujeito a fazer merda.

Voltando a música, vamos falar do Rolling Stones. Hoje, depois de 48 anos de atividade, quem liga pro Rolling Stones? Eles são considerados apenas uns velhos gagás que estão caindo aos pedaços e que não têm mais nada a acrescentar. Fazem turnê após turnê e sempre vendem ingressos e lotam os shows. Mesmo assim ninguém liga para eles. Tá, eles também não estão nem aí para mim, estão todos ricos e já fizeram tudo que qualquer um sonha em fazer... provavelmente. Mas como ídolos, é o típico "já passou da hora de ter morrido", e periga morrerem sem serem lembrados; mas talvez ainda dê tempo de morrerem dignamente.

Não importa como morreram, se foram assassinados, se tiveram overdose, se pegaram AIDS ou se cometeram suicídio. Depois que grandes ídolos se vão, aí mesmo é que começam a nascer para a estrondosa fama. É só pensar no que tem de garotos que ainda molhavam a cama enquanto o Legião Urbana fazia sucesso e hoje amam Renato Russo. Ou que tal lembrar das milhares de pessoas, que como ratos saindo das tumbas, de repente, surpreendendo a todos, revelaram-se fãs incondicionais de Michael Jackson. Seja construindo o sucesso aos poucos, solidamente, como Michael, ou surgindo de repente como um sucesso efêmero com final trágico, a exemplo do Nirvana e do Mamomas Assassinas, quem nasce com a bunda virada para a lua estará sempre brilhando mesmo se virar um pouquinho pro lado.

Como tudo na vida tem que acontecer na hora certa, escolher uma boa hora para morrer é um dos segredos para vencer a morte. Morto ou vivo, não importa; simplesmente faça coisas grandes e será lembrado por um bom tempo. Mas se você quer ser realmente importante, além de talento e carisma, tenha o bom senso de só fazer coisas certas e morrer o mais rápido possível. Ou, tudo bem, se você é um ídolo, continuará sendo um ídolo para sempre; mas se você está vivo, saiba de uma coisa: você ainda será muito xingado. Mas se serve de consolo, eu digo: Não se preocupe, todo mundo morre! E depois de morto, você só terá qualidades, porque se você deixar saudades, você viverá para sempre!

Off: Postagam ruim... Não me xinguem... Nem leiam...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

NOTÍCIA PÃO-COM-OVO - Finalmente os cientistas descobriram mais uma grande bobagem.

Cientistas desocupados das Universidades de Sheffield e Warwich, no Reino Unido, gastaram dinheiro e tecnologia para chegar a um conclusão totalmente inútil: a galinha veio primeiro que o ovo.



Dizem que em um dia de muito calor (fazia perto de 20°C) um cientista estava em férias, passeando tranquilamente com o filho, numa pracinha, em qualquer lugar onde o sol não bate, nos arredores de Londres. Ele estava distraído tentando imaginar qual seria a próxima grande descoberta que iria revelar ao mundo. Pensou em fazer pesquisas para saber se era melhor ser ou não ser, mas como notou que isso era um tantinho vago, desprezou a ideia. Em seguida, passou por sua mente a idéia de provar definitivamente porque os homens são de Marte e as mulheres de Vênus, mas como teria que pedir o apoio de astronautas americanos ou de cosmonautas russos, e depois de ponderar e concluir  sabiamente  que eles acabariam levando todo o crédito pelo trabalho, ele desistiu e seguiu adiante. Mas eis que um ato impensado de uma criancinha, uma simples brincadeira infantil, fez nascer a ideia que iria virar o mundo de ponta-cabeça. O menino jogou um ovo de galinha na cabeça de nosso cientista, que, relembrando traumas da própria infância, começou a chorar de ódio e prometeu a si mesmo que iria ridicularizar o ovo.
Ao chegar em casa, e não encontrando formas mais maduras de revidar, pesquisou tudo sobre ovos e galinhas e montou um dossiê que provava toda a desunião da classe, toda a questão da paternidade e pensão alimentícia. Acabou descobrindo coisas incríveis. Coisas que foram roubadas e usadas por outro cientista, mais desocupado que o primeiro, que queria saber se o ovo tinha nascido antes ou depois da galinha e se algum ovo era capaz de botar uma galinha. Resultado: ambos uniram forças e provaram o que queriam provar.

Por que eles mexeram nisso? Agora o mundo não terá mais graça, ninguém vai se perguntar mais quem nasceu primeiro. Agora uma coisa me intriga. Pelo que eu entendi, eles chegaram a essa conclusão baseando-se no fato de que tem um componente no ovo que só pode ter vindo da galinha... uma proteína. Sei lá, mas isso não é meu óbvio. Se o ovo sai da galinha, o ovo é dela, e obviamente tem algo dela ali... ou eles achavam que a galinha encontravam esse ovo por aí? Eles deram a resposta, mas minha dúvida ainda persiste, pois considerei essa prova meio furada.

O que eu sei é: que uma galinha ao forno, com arroz refogado e feijão macassar com bastante coentro e charque dentro é uma delícia! Também tenho certeza de que comer ovo com torradas no café da manhã é incrivelmente bom! 

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Game Over.

A copa acabou e a alegria deixou a África... Ou será que a copa é que ficará mais alegre de agora em diante? Esta foi a décima nona edição, mas não se pode dizer que foi só mais uma copa, ela mudou um lugar, e nunca mais será a mesma. Agora que acabou, o futebol voltará a ser banal, acompanhado apenas por meia dúzia de povos, o futebol ficará de novo sem graça, sem união... sem cor. Com as tristezas e as expressões alegres, que caracterizam o povo africano, a copa se mudou... e o caminhão da mudança vai lentamente se mover, se despedindo de país em país, campeões ou não, para estacionar no Brasil em 2014.


Mas antes de pensar no futuro, tem que se afirmar que a copa ainda não se despediu por completo do Primeiro Continente. A África não mudou por conta da copa, ainda terá seus problemas, e quando se esquecerem da copa, voltarão novamente a dar as costas para ela. O que pareceu um mês de perfeição era só nos estádios, ganhando ou perdendo; mas no jogo do mundo e da humanidade as vitórias são muito poucas. A copa serviu para fazer com que todos os olhares se voltassem para a África, e a esperança é que esses olhares continuem por lá. O futebol adora a beleza, os belos adoram a copa, a copa adora torcedores, belos ou feios, do jeito que for; o que se espera agora é que os torcedores, que gostaram tanto de ver a beleza da copa, olhem para o continente onde houve a copa, sem a copa, e achem a beleza dentro de terra tão humilde, e que encarem do jeito que for (assim como a copa fez com todos os torcedores), porque a feiura da fome, da miséria e da doença merecem e têm que ser encaradas com a mesma atenção que houve quando estava tudo tão belo durante a copa. Sabemos que o futebol é o maior esporte do mundo; quando ganham o exaltam; ao perderem dizem que é "só um jogo". Vamos ver agora: O que o futebol ser tornou? No que nos tornamos? Será que ainda temos coragem de encarar isto e resolver o problema? Ou será que para sempre fingiremos que a única coisa a ser olhada tem que ser esta?

A copa do mundo virá ao Brasil, e o que fará por nós? Trazer o hexa? Isso é muito pouco! A taça do mundo pode ser nossa, e o brasileiro vai comemorar, como não comemora o avanço do País. Próximo evento: Eleições. Torcer é mais fácil que votar...

domingo, 11 de julho de 2010

Keep walking (Continue andando)...

Sabe aquelas correntes que rolam na internet? É, aquelas mesmo, em que você tem que repassar a mais um monte de pessoas, ou sua vida vai acabar. Conhecem? Já receberam, né? Ficaram putos? Não? Eu sim! Eu odeio estas pragas do mundo moderno!

Eu poderia dizer várias coisas para justificar meu ódio. Eu poderia reclamar que estas porcarias lotam meu e-mail, orkut e qualquer lugar onde qualquer pessoa possa escrever o que quiser. Eu poderia simplesmente dizer que eu não gosto, que sou uma pessoa fria, sem coração, que não se sensibiliza com essas coisas. Eu poderia dizer tudo, xingar até morrer... mas vou apenas salientar um ponto: ELAS NÃO SERVEM PARA NADA!!! Tudo bem, tem gente que chora ao receber uma história bonitinha ou triste e passa adiante para alertar os amigos do quanto suas vidas são fragéis... Tudo bem, eu só quero que quem faz isso morra eu não ligo para quem faz isso, é direito de cada um. Mas o pior de tudo não é quando isso vem de um vírus que um amigo descuidado pegou e a mensagem é mandada automaticamente (não, quando é vírus é bom sinal), também nem é tão ruim receber isso de um desconhecido. O que enfraquece, o que revolta, o que fere o coração é saber que uma pessoa que se diz seu amigo cometeu essa traição e, deliberadamente, enviou a porra da corrente. Que ódio!

Minha gente, isso não serve para nada... Quer dizer, serve sim. Serve para as pessoas se enganarem e ficarem pensando que fizeram sua parte, que contribuiram para tornar o mundo um lugar melhor. NÃO! NÃO! NÃÃÃOOOOO!!! Vocês estão apenas não fazendo nada e mandam a corrente para que mais pessoas continuem a fazer nada junto com vocês; não é querendo ser chato, e nem estou querendo dizer que você que propaga essas coisas seja egoísta, preguiçoso, um bundão, nem nada. Apenas não dá para ajudar ninguém pegando o mouse e clicando em recaminhar. Quer fazer alguma coisa: sai da porra do computador e vai... sei lá, ajudar uma ONG, entrar pro Greenpeace - dizem que só tem pessoas bonitas no Greenpeace -, ou ao menos fazer o bem sem olhar a quem. Porque o que tem de pessoas por aí que tratam as outras como lixo, que não dão nem bom-dia e ainda tiram doce de criança e acham que são puros só porque repassaram uma corrente que falava das coisas simples da vida. Vão se foder procurar o que fazer, seus hipócritas!

Sério, o que temos feito para mudar o mundo? O que temos feito para melhorar a vida um do outro? O que temos feito por nossas próprias vidas? E eu, o que tenho feito? Não muito. Fico jogando Winning Eleven, fico navegando na internet, leio alguns livros e revistas, e sou até bem bem informado. Quando tenho saco, escrevo (e devo admitir que poderia fazer isso mais)... mas não, eu nunca fiz nada para mudar o mundo, ou uma rua que seja. Então o hipócrita sou eu? Bom, eu nunca disse que fazia diferença no mundo, apenas não me engano ao achar que faço. Por um momento, por um vago e rápido momento, vamos pôr a mão na consciência e ter mais responsabilidade com o que somos: somos seres racionais, então não lhes parece que isso quer dizer que é nossa obrigação defender essa racionalidade? Ainda existe gente que menospreza gente. Ainda tem gente que simplesmente não faz noção do que é ter vida. Não estou criticando quem nunca saltou de páraquedas, não é isso. Ter noção da vida não é necessariamente viver ao extremo e definitivamente não é brincar em todos os brinquedos do parque de diversões que é a vida. Ter noção do significado da vida tem mais a ver com vivê-la de mente aberta e de olhos bem fechados. As pessoas têm que parar de falar em bondade e começar a praticá-la. Guerras, algumas são necessárias, mas vamos lutar guerras que valem a pena ser lutadas. Que tal uma guerra contra a falta de proximidade entre as pessoas?... Ou contra o preconceito que cada vez mais vai destruindo nossa humanidade (não a quantidade de humanos, mas a essência do Homem)? Lutar contra a guerra não vai acabar com as guerras - pois esta já é uma guerra - mas pelo menos fará com que combates desnecessários não sejam iniciados.

Sem guerras, o mundo ficará mais confiante, e só com confiança entre as pessoas é que a coisa se organiza a caminho da paz e liberdade. Valorizamos coisas pequenas porque perdemos a percepção e ficamos incapazes de observar as coisas grandes. Não sei exatamente se existe algo certo para se valorizar, mas o importante não é saber o que fazer, e sim fazer de tudo para fazer tudo melhor. Quer chegar a algum lugar? Está achando que o mundo está errado? Talvez reclamando e resmungando possamos avançar; se você estiver certo, isso dará certo; se você reclama e continua a errar e a não fazer nada, aí o Aurélio diz que você é hipócrita... ou não, é apenas falador... ou não, é somente... eu...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

NOTÍCIA FRIA DE ÚLTIMA MÃO - Flamengo finalmente consegue ter um bandido no time.

O Flamengo tentou com Edmundo - o acidente foi só acidente e o macaco bebum era vascaíno; bateu na trave. Mas provando que é um time brasileiro, o Flamengo não desistiu: o meio-campo Marcinho foi a uma festa no sítio do goleiro Bruno e agrediu uma prostituta. Muito alvoroço, mas mais uma vez, não deu em nada. Mas a busca pelo craque bandido continuou, e Adriano (que entrou no ringue com a namorada) e Vágner Love foram apontados de ligação com traficantes, mas nada ficou provado e ficou por isso mesmo...

Mas, quando todos já pensavam que o Flamengo não conseguiria, a torcida vibrou de alegria ao saber que AGORA SIM o Flamengo estaria bem representado entre os criminosos. O goleiro Bruno - grande ídolo - foi o eleito! Com garra, força e dando sangue pelo time (literalmente), em grande estilo, ele cometeu um crime dos pesados, para não deixar dúvidas de que ele é um grande bandido!

Esta é a história de sucesso de um time campeão, nos gramados e nos folhetins policiais, e que rendeu mais uma piada sem graça rolando na internet: "O Flamengo está indo até bem, mas o que mata é o goleiro."

Notícia de verdade:

terça-feira, 6 de julho de 2010

Força

Que ânimo nos faz levantar toda manhã? O que me fez começar a escrever esta nova postagem? Andei fraco, andei morto, andei forte e agora estou aqui de novo. A força, infelizmente, não é uma constante, ela sobe e desce, e não estou falando do meu "morning glory"...

A força, de uma maneira geral, é algo que está dentro de nós; uns são fortes e outros fracos, isso não muda. Mas ninguém é tão fraco e nem tão forte em todos os momentos. Todo fraco e todo forte precisa de empurrãozinhos diários para pegar no tranco. Mas então de onde vêm esses empurrões que nos fazem pegar o elevador para andares mais sólidos no prédio mal arquitetato da nossa mente? Vêm das pessoas que nos cercam, dos momentos que passamos com estas e das palavras que são ditas. Vêm das notícias ruins e boas que a vida nos envia. Vêm das crenças e esperanças que depositamos em cada prece e em cada pedido que fazemos aos deuses nos quais acreditamos. Certo. Mas todos possuem amigos e inimigos e desconhecidos que elevam nossos ânimos. Acredito que ninguém é tão sortudo ou azarado para só receber notícias más e ótimas por toda uma vida. E aposto que nenhum deus vai nos arruinar, ou pelo menos quem os busca vai sempre melhorar de astral ao sair de suas consultas espirituais.

Então pode-se dizer que não são essas coisas em si que nos dão força, mas sim o modo como encaramos todas elas. É tudo uma questão de perspectiva, da visão que temos do mundo e da interpretação que fazemos de todos os eventos ordinários que passam sem ser percebidos diante dos nossos olhos cegos, mudos e surdos. Eu agradeço todas as pessoas que me empurram e espero poder empurrá-las também, agradeço as boas novas que chegam para mim e agradeço aos deuses em que não acredito e que me fazem todos os dias querer crer. Principalmente, agradeço a Deus por ter me dado olhos suficientemente hábeis para identificar toda a bola de neve que envolve o mundo moderno e toda sua informação.

Eu sou feliz? Eu sou animado? Não! Eu sou apenas alguém que assim que se acorda procura, em cada nanometro que vê, a felicidade, a força e o ânimo para viver esta vida do melhor jeito que tiver que ser.

Se não tivessem me dito para recomeçar o blog e eu não tivesse o senso para captar o que tudo isso significava além de apenas mais um dos milhares de blogs que pipocam todos os momentos na rede, eu não teria vindo aqui hoje. Não sei se foi importante para quem leu, mas foi para mim que escrevi.

Beijos, Gabi...